quarta-feira, 3 de julho de 2013

A última chance


Dois putos brincavam no beiral de um poço. Um deles, o que mais sabe imposturar, ameaçava empurrar o outro. Por sua vez o outro, o que sabe mentir melhor, nunca se preveniu e continuava a arreliar este. Quando o mais mentiroso se pôs a jeito, o mais impostor empurrou-o. Na queda, o mais mentiroso agarrou o mais impostor e caíram ambos.
A queda do governo é mais do que evidente. Vai cair de podre, o que é preocupante, porque deixa atrás de si um rasto perigoso. Mas vai cair sim. Finalmente a Primavera vai chegar. Passos sabe (ou pensa) que se adiar a demissão de Portas, fará com que Portas fique mais fragilizado dentro do CDS. A ver vamos.
E então quais são os cenários? Mais tarde ou mais cedo, são eleições.
E que resultará das eleições? Exactamente a mesma seita a governar este pobre país. Mal o moço que nos tem governado anunciou que não aceitou a demissão de Portas, já se ouviam os eleitores a condenar a falta de lealdade do ministro dos negócios estrangeiros. Alguns acham que tudo é estratégia de Pires de Lima e não votam no CDS. Voltarão a votar PSD. Outros, eleitores do PS, acham que Passos deve ir até ao fim. Outros acham que ficará tudo na mesma e que a ideia de emigrarem cada vez tem mais força. É assim que o nosso Povo pensa. Acham-se condenados e do mal o menos. É uma espécie de colonoscopia com ou sem anestesia; tem que ser feita e quanto menos dolorosa melhor. É assim que pensam.
Portanto, só há uma saída: o PS ser o mais votado e os partidos à esquerda dele obterem força suficiente para o obrigar a um entendimento. É esse o papel do PCP e do BE. Se isto for bem explicado aos portugueses, venceremos.

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