quinta-feira, 9 de fevereiro de 2006

Liberdade de expressão

Para recolher o maior número de informação possível sobre o assunto, encontrei uma guerra de palavras que mostra bem o que certas pessoas entendem por liberdade de expressão.
Veja aqui alguns exemplos.

Se Maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé

Caricatura:(desenho, descrição, etc.) retrato de pessoas ou acontecimentos que assenta no exagero cómico de alguns dos seus traços distintivos.
Por causa da polémica publicação das caricaturas, andei saltitando de blogue em blogue, de link em link e a preocupação com a liberdade de expressão é geral. Meu deus! Será que me devo preocupar também?
Será que ninguém entende que, dada a gratuitidade dos desenhos, a sua publicação atingiu os seus objectivos, que serão os de lançar mais uma acha para a fogueira?
Caricaturar, pensava eu mas devo estar enganado, é acentuar através do desenho os aspectos negativos de alguém. Ora o tal profeta não era favorável ao terrorismo, daí que eu condene as caricaturas. E tem mais: caricaturar alguém sem motivo não me parece correcto. Ou será que o motivo existe e eu não o encontro? É caso para dizer que a montanha foi a Maomé.
Por acaso alguém se questionou sobre a errada opinião, a que somos levados a formar em torno da figura caricaturada?

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

As caricaturas de Maomé e os seus objectivos

A “crise” gerada pela publicação das caricaturas de Maomé deve ter objectivos que ainda não li, ou ouvi descodificados. Mas deve ter fortes motivos. Senão para quê a sua publicação? E não foi para gerar a discussão (absurda) em torno da liberdade de expressão.
Em Portugal ninguém, ou quase ninguém, é a favor da restrição da liberdade de imprensa. Eu também sou defensor desse direito inalienável. No entanto sou contra a publicação das caricaturas que conotam Maomé com o terrorismo.
Em Portugal, não há muitos anos, uma caricatura do Papa, com um preservativo no nariz, foi motivo de uma grande movimentação (e contestação), com muitos dos nossos políticos a manifestarem o seu desacordo, relativamente à sua publicação. Nesse momento eu defendi o caricaturista. Só que há uma grande diferença entre essa caricatura e a que agora levantou toda esta celeuma: é que o Papa era, efectivamente, contra o uso do preservativo, e o Maomé não era a favor do terrorismo. Ou seja, o que aqui está errado, é a conotação abusiva e estúpida do sujeito com o objectivo.
Mas, de facto, deve haver outra explicação para a decisão de fazer publicar as malfadadas caricaturas nesta altura. Deve, deve! Só não sei qual é. Mas gostava de saber.