sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Quando um morto não merece respeito

- Morreu  António Borges!
- Antes ele que eu!
- Não lamentas a morte dele?
- Não! Lamento o seu nascimento!

quarta-feira, 24 de julho de 2013

O que pensam as cagarras da Madeira

 
"Lá vem outra vez esse gajo! Vai haver merda no continente!"

Quando um currículo é cadastro de criminoso

Quando um português honrado elabora o seu "currículo", rebusca todos os recantos da sua memória para que nada fique esquecido. É bom que o futuro patrão conheça bem todas as suas capacidades. A menos que algumas das suas capacidades sejam pouco abonatórias da sua dignidade.
Rui Machete esconde alguns dados do seu passado, horas antes de integrar o governo do meu país.

terça-feira, 23 de julho de 2013

A minha felicidade por kate ter parido um rapaz

Como me sinto feliz!
Kate Middleton pariu um rapaz!
Esta notícia foi até dada pela minha televisão.
Ontem todas as televisões estiveram em directo, a partir de uma porta inglesa, enquanto em rodapé aparecia o aviso. Quis saber quem será essa tal Kate. Busquei e rebusquei. Fiquei a saber o mesmo. É casada com um descendente da monarquia inglesa. Mas isso nada me diz. Não conheço a mãe. Nem o pai. Nem isso me interessa. Mas fiquei feliz. Ó se fiquei.
Grande país o meu, onde as televisões noticiam a paridura de uma inglesa porque ganham dinheiro com isso. Nobre Povo.
Enquanto isso, o nosso anilhador de cagarras não aceitou a remodelação, mandou que os três rapazes se sentassem (a conversar), e, como o resultado não foi o que ele queria, aceitou a remodelação. Pior, afirmou que os manteria até ao fim da legislatura.
Triste permaneci, mas a notícia de que a Kate pariu um moço, isso sim, fez-me feliz. E como me sinto feliz. Nação valente. Mas mortal.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Segundo resgate? Porquê?

Agora falam num segundo resgate!
Esta notícia trouxe-me à memória o resgate, que presenciei, de um piloto de Fórmula Ford, depois de ter caído no Rio Ave, durante uma prova no circuito de Vila do Conde. Estava quase a ser retirado (o carro e o piloto) quando, porque o peso do bólide era demasiado, o cabo que o resgatava quebrou-se, e carro e piloto, voltaram a cair no fundo do rio. Nova tentativa e retiraram da água o piloto. Só que este havia morrido.
Se falam em segundo resgate, é porque o cabo com que nos queriam resgatar também se quebrou. Resta-nos ter esperança que ainda estejamos vivos quando, finalmente, nos tirarem do buraco em que nos meteram. Se é que há buraco.

Já nem o Camilo acredita neles

Camilo Lourenço, esse "analista", que às vezes fala na televisão, disse hoje, na RTP, que, depois dos episódios da última semana, já ninguém acredita neste governo.

Aplausos na igreja, apupos na rua



Depois de conferir se o esforço do meu conterrâneo Rui Costa, na volta à França, era mais rentável que os “SWAP’s” da Refer, troquei de canal. No ecrã do meu televisor estava agora o ex-bispo do Porto, recentemente nomeado Patriarca de Lisboa. Celebrava uma Missa. Na assembleia viam-se várias caras conhecidas. Em lugar de destaque estava o ex-Primeiro-Ministro de Portugal, Aníbal Cavaco Silva. Do outro lado, estavam, na primeira fila a Presidente do Parlamento, reformada e bem-paga, Conceição Esteves, ladeada pelo ex-primeiro-ministro, Passos Coelho. Na fila imediatamente a seguir via-se a futura ex-ministra Assunção Cristas, o futuro ex-ministro Mota Soares e o futuro-ex-primeiro-ministro Paulo Portas. Pensei, para comigo: deve ser a missa do sétimo dia, só pode ser.
O cadáver não se via. Aliás deixou de ser visto mal nasceu. Fiquei atento. Queria ver quem iria fazer o elogio fúnebre. E esperei, ansioso, para saber quem ia demonstrar tal capacidade intelectual para elogiar quem nada fez, que merecesse ser destacado, enquanto vivo.
Esperei em vão. Não só não era missa de corpo presente, como nem sequer o morto estava morto. Aquilo, pela composição da assembleia, parecia uma missa de Acção de Graças. Mas esperei. Esperei e confirmei o que já há muito suspeitava. Dentro da Igreja é o único sítio onde não apupam os nossos governantes.
Se eu lá estivesse, eu apupava. E não me podiam "deter para identificação" por me manifestar em lugar "sagrado" porque, se se pode bater palmas aos políticos, também podia eu cantar o Grandola. Que pena eu não poder ter lá estado...

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Eles não páram

As notícias sobre a queda dos juros da dívida pública portuguesa, pretendem o quê?
Pressionar Paulo Portoas, claro.

Paz social a que preço?

Segundo o ionline o Estado português é fiador da UGT, desde 1996.
Terá sido isso que terá peado a UGT, durante todos estes anos?

quarta-feira, 3 de julho de 2013

O deve e haver da demissão de Portas

Antes da "tomada de posse" da nova ministra, a comunicação social não se cansou de ressaltar "a vitória que Luís Albuquerque conseguiu, com o nosso regresso aos mercados. Hoje, a mesma imprensa, realça, através de André Macedo, que nos vai ficar caro a demissão de Portas.
Não percebo (ou talvez perceba) porque raio não contabilizam os ganhos que essa decisão pode trazer ao país. Ou os sacrifícios, em vão, feitos por todos nós, não valem nada? Nesta conta de mercearia, todos sabemos que ficamos a ganhar.

A última chance


Dois putos brincavam no beiral de um poço. Um deles, o que mais sabe imposturar, ameaçava empurrar o outro. Por sua vez o outro, o que sabe mentir melhor, nunca se preveniu e continuava a arreliar este. Quando o mais mentiroso se pôs a jeito, o mais impostor empurrou-o. Na queda, o mais mentiroso agarrou o mais impostor e caíram ambos.
A queda do governo é mais do que evidente. Vai cair de podre, o que é preocupante, porque deixa atrás de si um rasto perigoso. Mas vai cair sim. Finalmente a Primavera vai chegar. Passos sabe (ou pensa) que se adiar a demissão de Portas, fará com que Portas fique mais fragilizado dentro do CDS. A ver vamos.
E então quais são os cenários? Mais tarde ou mais cedo, são eleições.
E que resultará das eleições? Exactamente a mesma seita a governar este pobre país. Mal o moço que nos tem governado anunciou que não aceitou a demissão de Portas, já se ouviam os eleitores a condenar a falta de lealdade do ministro dos negócios estrangeiros. Alguns acham que tudo é estratégia de Pires de Lima e não votam no CDS. Voltarão a votar PSD. Outros, eleitores do PS, acham que Passos deve ir até ao fim. Outros acham que ficará tudo na mesma e que a ideia de emigrarem cada vez tem mais força. É assim que o nosso Povo pensa. Acham-se condenados e do mal o menos. É uma espécie de colonoscopia com ou sem anestesia; tem que ser feita e quanto menos dolorosa melhor. É assim que pensam.
Portanto, só há uma saída: o PS ser o mais votado e os partidos à esquerda dele obterem força suficiente para o obrigar a um entendimento. É esse o papel do PCP e do BE. Se isto for bem explicado aos portugueses, venceremos.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Perguntas de uma octogenária que não sabe ler, nem escrever


Estimado Pedro,
Continuo preocupado contigo. Tu precisas de tratamento. Psiquiátrico, pelo certo.
Lembras-te de um moço do teu governo sair por ter sido acusado de ter feito umas falcatruas numa empresa do Estado? Sabes para onde ele foi? Voltou ao lugar onde cometeu os crimes de que o acusaram. Terá sido para continuar o “trabalhinho”? Ou é o merecido prémio por ser um moço sem vergonha?
Seja lá por que motivo for, o certo é que ele continua lá, apesar de todo o mundo achar isso errado. Sabes onde ele devia estar, não sabes? Foi para esses tipos que se construíram uns edifícios com grades nas janelas. Mas está bem. Também te desculpamos isso, que aliás já passou.
O que a minha sogra não te perdoa é essa tua mania de continuares casmurro. Ela quer saber se a nomeação de Maria Luís Albuquerque é um prémio por ela ter assinado os tais contratos em que o Estado perde sempre (ou na maioria das vezes), ou se é birra tua? Que dizes?
Eu disse-lhe que a nomeação dela foi por mais ninguém aceitar juntar-se ao teu bando, mas ela, octogenária que não sabe ler nem escrever, acha que apenas a escolhestes por seres incompetente, apesar de eu te achar um homem que sabe o que está a fazer. Mas ela insiste e pergunta se estás a tratar já do teu futuro e a garantir que vais ter um cargo bem remunerado, e por isso colocas nos cargos mais importantes, as pessoas que os alemães acham serem os melhores.
É isso, não é?

Se a partitura é má, má será a música

Dependendo da nossa posição, a sonoridade da orquestra pode soar bem ou mal.
Nas primeiras filas da plateia, ouviram-se aplausos. Ruidosas palmas. Nas filas do meio, como era a primeira obra a ser tocada pela nova orquestra, as pessoas que são por natureza mais críticas que quaisquer outras, quer ocupem as filas da frente ou as de trás, notaram a afinação de todos os executantes, e notaram que alguns sons, mesmo afinados com os restantes músicos, soavam mal. Porém, era a primeira apresentação da nova orquestra e mantiveram-se calados. Já nas filas de trás, ouviram-se alguns apupos. É nas filas de trás que se percebe melhor quando algum instrumento é mal tocado. São os detrás que sentem a dor da sinfonia mal executada.
No segundo concerto, ainda antes de começar o espectáculo, alguns comentavam que a música que andava a ser tocada era mal executada. Estes eram os que ocupavam os lugares das últimas filas. Alguns das filas do meio concordavam, outros não. Mas logo vieram alguns dos que ocupam as filas da frente e garantiram que os sons produzidos pela nova orquestra eram bem afinados. Eles executavam, à risca, tudo o que liam na pauta. Os das filas de trás, sentindo o mal que aqueles sons lhes fizeram, não se calavam e protestavam, embora em surdina. Alguns das filas do meio, também sem grandes alaridos, começaram a alertar para a possibilidade de ser a partitura que estivesse errada.
Estavam nessa meio-surda discussão, quando soaram as campainhas que avisam que as luzes se vão apagar. Entraram todos e sentaram-se nos respectivos lugares. Os de trás notaram que havia alguns lugares nas filas do meio que não foram ocupados, mas sentaram-se. A orquestra começou a tocar e estava realmente afinada. Havia, lá no meio da orquestra, alguns instrumentos que, de vez em quando e muito suavemente, destoavam, mas logo o regente os corrigia. E eles voltavam a tocar afinado. Alguns tocavam “pianíssimo” para não incomodarem muito. Mas tocavam.
Ainda não tinham acabado de executar a partitura e começaram a ser audíveis, entre a plateia, alguns sussurros. E já não eram só os das filas de trás. Havia já nas filas da frente quem se queixasse dos sons que eram tocados. E isso aconteceu em vários concertos, até que um dia, um dos executantes, precisamente um dos solistas mais importantes, o que era mais contestado pela plateia, foi substituído. Para o seu lugar entrou uma mulher. Na fila da frente ouviu-se logo alguém, com sotaque germânico, dizer: "É reconfortante saber que a orquestra vai manter o rumo e que a nova executante irá continuar o bom trabalho feito até agora.” E vai continuar, com certeza, porque o que está mal, não é o executante, mas sim a pauta que lhe distribuíram. Pior: a partitura está errada. Vamos continuar a ser feridos pela já velha orquestra que toca sempre a mesma música.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Porque votam os portugueses nos que os tramam?

Sempre me questionei porque raio os portugueses não votam, na sua maioria, no partido que eu sempre votei? Estarei eu errado, ou estarão eles? Se eu estou errado e eles certos, onde anda a felicidade que nos prometeram? É mangar que somos ricos no período de férias? É tirar o carro da garagem, ao Domingo de manhã, estaciona-lo no jardim diante da casa e ir dar um passeio de bicicleta? É almoçar fora com a família?
Se é isso, então está resolvida a minha dúvida. Vamos todos votar no meu partido, porque as féria já vão ser mais reduzidas, o carro, alguns já o perderam e na casa onde vivem agora não tem jardim, a bicicleta não anda por falta de manutenção e almoçar com a família fica caro demais.
Se eles estão errados e eu certo, porque votam em quem os tramam?
Na verdade, muito mais importante do que discutir a criação de mais um partido à esquerda do PS, é entender porque é que os portugueses persistem em votar sempre nos mesmos que os tramam e não aderem às propostas da esquerda. Isso sim, isso é o que eu gostava de ver discutido.

Agora somos 28

Tudo o que a imprensa possa dizer sobre a entrada da Croácia no clube dos países mais ricos da Europa (salvo seja), será desmentido dentro de poucos anos. Nós também acreditamos que íamos ser ricos.
Esta UE faz-me lembrar essas reuniões de pessoas em que o que entra de novo na "roda" paga a "rodada" e só depois de lá levar outro "comparsa" é que vai reaver o investimento. Só que na "União" é ao contrário. Quem entra de novo recebe, logo à partida. O pior vem depois.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Bem feito!

Quando alguém, em dia de greve geral, se dirige a uma repartição pública e esta está encerrada, só me apetece dizer: BEM FEITO!
Isto para além de ter ficado com a sensação de que a UGT não acrescentou nada de novo a esta greve. É caso para dizer "Mais vale só que mal acompanhado".

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Querido Pedro, tenho medo, muito medo

Bom dia, Pedro.
Deves andar atarefado a redigir o "discurso" de logo à noite. Talvez por isso nem leias o que escrevo, mas, mesmo assim, eu escrevo. E muitos portugueses também te querem escrever. E olha que, o que te querem escrever,  não deve ser diferente do que eu te vou dizer.
Sabes, Pedro, ando com medo. Fico assim, sempre que tu anuncias que vais falar ao país. Não sei porquê, mas quando tu vais falar, sinto uma sensação de perda que me aflige. Sinto que me vais sufocar mais.
Vou contar-te uma parte da minha vida, semelhante à de muitos portugueses, e que tu teimas em não reconhecer que é verdadeira:
Eras tu muito menino, ainda o Salazar se sentava no lugar onde tu te sentas agora, e eu, com tenra idade, ia "olhar" o gado nos campos. Era um tempo em que havia erva nos campos para os animais e era eu o encarregado dessa tarefa.
Como fui habituado, desde muito cedo, a ouvir rádio, porque o meu pai fabricava as galenas onde, através delas, ouvia as rádios que o homem que se sentava na cadeira onde tu te sentas agora, proibia que as ouvíssemos, o meu pai, para que eu fosse pastor com mais gosto, comprou, para mim, um rádio a pilhas, onde eu ouvia a emissora nacional. Quando o tal Salazar falava, eu sentia a mesma coisa que sinto hoje, quando tu falas. Sentia que ele tirava alguma coisa ao meu pai, e depois eu via a dificuldade que o pai tinha em comprar comida para mim, e para os meus irmãos. Nessa altura, quando tu ainda usavas fraldas, o meu irmão mais novo, da tua idade, usava umas calças com uma abertura atrás. Dessa forma, não precisava usar fraldas. E sabes porquê, Pedro? Não havia dinheiro para esses luxos de se andar convenientemente tapado, sujar a fralda, e depois ter uma empregada para a lavar.
Eu até gostava de ir "olhar" o gado. Porque juntava a nossa vaca leiteira com as de um lavrador vizinho que, a troco do meu serviço (olhar pelo gado dele), a nossa "preta" podia fartar-se de erva viçosa. Além de que, era certo que matava saudades do meu irmão mais velho, que ali trabalhava, como "moço", a troco da estadia completa (cama, mesa e roupa lavada). Já as minhas irmãs, serviam em casa de "fidalgos".
Era assim, Pedro, a minha vida. E eu sou pouco mais velho que tu. Por isso, Pedro, peço-te que te lembres dos que te serviam em Angola. Ou dos que ficaram em Vila Real. Hoje, nós vivemos quase da mesma maneira. Já não temos mais dinheiro para tu nos roubares. Pensa em nós e não queiras que te assemelhem àquele que se sentava na cadeira onde tu te sentas agora, na altura em que tu tinhas uma "ama" que te limpava o cu, enquanto nós andávamos de "cueiros".
Sabes, Pedro, tenho medo. Muito medo. Tu és capaz de nos por pior do que no fascismo. Tu és capaz de tudo. Por isso tenho medo.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

O futuro sinistro


sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cavaco e a justiça social

"...não há democracia política sem justiça social".
O autor desta afirmação é, pasme-se, Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República de Portugal. E afirmou isso hoje. No Peru.
Como era bom que o Presidente afirmasse isso cá, em Portugal.

Excel errado

Caro Pedro
Tinha decidido que não mais te falaria, mas a minha sogra, a octogenária que não sabe ler nem escrever, insistiu tanto que eu cedi. Ela quer que eu te pergunte uma coisa, sobre uma notícia que ela ouviu, um dia desses.
A pergunta dela é se tu tens andado a sacrificar o povo do teu país, com base numa folha de excel errada? Não terás tu capacidade para dispensares estudos feitos por terceiros sobre a economia do nosso país?
Ela quer saber se tu és incompetente e fazes mal aos pobres, por ignorância, ou sabes muito bem o que estás a fazer e és tão mau, quanto aquele que nos "livrou da guerra, mas não da fome", com quem tu, segundo ela, tens algumas semelhanças físicas.
Eu já lhe disse que tu és mau. Fazes de propósito. Mas ela apenas te acha incompetente. Que dizes?
Toma cuidado. Ela nunca andou na escola, mas sabe que, se o povo não tem dinheiro, logo não o gasta, e não o gastando, tu não cobras impostos, entendes? E há mais como ela.
Ela também não gostou de te ouvir a tentar seduzir o PS para as medidas que aí vem. Ela acha que tu estás de partida, e por isso, deves assumir que mentiste aos portugueses, fazer as malas e desapareceres para sempre. É que até ela sabe que já estamos pior que estávamos antes de tu chegares, e que quando a "troika" se for embora, a nossa economia ficará sem conseguir gerar riqueza para pagar os juros, muito menos para pagar a dívida que tu, estupidamente, rejeitas renegociar.
Sabes Pedro, o que Portugal precisa, é de construir comboios, como a Sorefame construía, de fazer barcos, como se faziam na Lisnave e na Setenave, e de produzir alimentos, entre outras coisas.
Ou achas que vamos gerar riqueza a prestar serviços, como defendeu o agora Presidente da República? Vês no que deu isso? Até eu, que prestava serviços, estou a viver às custas da minha esposa. Já ninguém tem capacidade para requisitar os serviços que eu, ingenuamente, acreditei ser uma boa opção de vida.
Pedro, vai embora. Vai enquanto o povo anda calmo. Vai, antes que seja tarde demais. Foge, por ti, e por todos nós.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Seguro faz declaração às cinco da tarde!


Vê lá o que vais dizer, Tozé.

Risos no funeral

As imagens do funeral de Margaret Thatcher, mostram os "convidados" muito sorridentes.
Bem sei que nós somos diferentes dos ingleses (ou eles é que são diferentes de nós), mas daí até se rirem num funeral...
É estranho haver convidados num funeral. Ou se comparece para prestar homenagem, ou não se vai. Mas como a falecida gerou mais ódios que paixões, pelo sim pelo não...
Será que riem de felicidade?

Passos inseguro

A troika mandou. Passos Coelho, como bom moço de recados, obedeceu e convidou Seguro para um encontro. Estão agora reunidos. Dá a impressão que começa a sentir medo de falar a verdade aos portugueses e, por aconselhamento de quem nos rouba, decidiu implicar o PS.
Enquanto isso, eu aguardo a chegada da Primavera.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Se é para acontecer, que seja já

Portugal não tem dinheiro. Não tem, mas tinha. E, se tinha mas já não tem, quem é que o tem agora? Onde é que ele está?
Pensava eu que a "ajuda externa", era para isso mesmo, para nos ajudar. E, por ajuda, eu entendia que nos emprestavam dinheiro, para relançarmos a nossa economia. Ou seja, recomeçávamos a produzir mais do que o necessário para a nossa sobrevivência e, com o excedente, pagaríamos o empréstimo. Isso era o que eu achava que ia acontecer.
Passaram-se dois anos, a "ajuda" chegou, e com ela o aumento brutal da nossa dívida, mas continuamos a não produzir o suficiente para nós. Assim sendo, quando a troika se for, ficaremos piores. Pois a economia está pior e a dívida será maior. E não a pagaremos nunca.
Resultado: seremos expulsos da zona euro. E sê-lo-emos. Mas antes, ainda nos vão fazer sofrer mais. Somos cobaias. Estão a testar até onde aguentamos.
Então, se vai acontecer, que seja já. E expulsem-nos da UE também. Quem sabe se não reconstruiremos a nossa economia e ainda viremos a ser felizes? Ou não temos esse direito?

Porque digo NÃO ao acordo?



















Se algum dia for obrigado a escrever mal, como o acordo com os brasileiros prevê, aviso, desde já, que moverei uma acção judicial contra o Estado português. Exigirei ser recompensado, pelas vezes que a palmatória me caiu nas mãos, quando na primária, escrevia baptismo sem o p.
Se mais nenhuma outra razão houvesse, esta bastaria.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O penico de Seguro

Há dias que acordo com uma aparente vontade de fazer sexo, porém, é pura "ilusão".
Com a bexiga cheia, a falsa erecção, não passa disso mesmo. É falsa. E a verdade é que, quando esvaziamos o líquido acumulado durante a noite, aquilo que nos fez feliz por breves momentos, murcha.
Depois do que tem, ultimamente, andado a dizer António José Seguro, esperávamos ver o tom másculo na comunicação de hoje, mas não. O líder do PS mijou cedo demais.

Seguro, 18h30

















Ele vai falar às 6 e meia. Esperemos que diga alguma coisa.

O que ele diz!

"Eduardo Catroga, antigo ministro das Finanças, entrevistado esta tarde pela TSF, defendeu que a "troika" devia obrigar o PS a entrar nas negociações com os credores e com o Governo."
Ouvir aqui

"Just say NO"
























 O Prémio Nobel da economia, Paul Krugman, aconselha os portugueses a dizer “não”, a mais austeridade, e esse homem deve saber um bocadinho de economia.
Eu nada sei. Mas sei que, se tomar medicamentos em doses excessivas, o efeito pode ser o contrário do pretendido; posso morrer.
Sempre pensei que, quando se falava em austeridade, isso queria dizer "sermos mais rigorosos nas nossas despesas", só gastar o necessário, nada de excessos. Como tal, nunca me preocupei com isso. Se é preciso austeridade, força, venha ela, que a mim não me afecta. Sempre vivi com o que tenho e nunca com o que penso vir a ter. Mas para Passos Coelho não é isso. Para ele, austeridade é cortar no essencial. E o essencial é a saúde e a educação, essencialmente.
Eu acho que sim, que se deve cortar na saúde. Sim, há, com certeza, gastos excessivos na saúde. Por exemplo, não pagar trabalho suplementar a médicos que exercem a profissão no seu horário de trabalho. Ou não permitir que se façam, nos hospitais públicos, actos médicos privados, a custo zero.
Quando tive um acidente de viação, no hospital onde fui assistido, foi-me feito um exame radiológico, na hora, no hospital público. Mais tarde, para verificar se a fractura óssea estava "sarada", fui mandado a um gabinete de radiologia particular. Resta dizer que o radiologista que executou a "chapa", era o mesmo que trabalhava no referido hospital.
Ainda hoje, Camilo Lourenço, já mais famoso que Relvas, disse que é necessário cortar na despesa. E, como a maior despesa do Estado é com salários, baixem-se os salários, ou despeçam-se as pessoas.
E o resto Camilo? Fica como está? Quanto ganhas, quando vais dar palpites desses para a RTP? Se tivesses um salário igual ao da maioria dos portugueses, e sem "luvas", de certo não falavas da mesma maneira. E, já agora, sr. Camilo: alguma vez disse alguma coisinha, contra as privatizações, sabendo melhor que eu, que com a "venda" de empresas do Estado, a receita iria fatalmente reduzir?


austeridade
(latim austeritas, -atis)

s. f.
Qualidade ou característica do que é austero. = RIGOR, SEVERIDADE

austero
(latim austerus, -a, -um)

adj.

1. Que é muito rigoroso nos seus princípios.

2. Que demonstra pouca ou nenhuma flexibilidade. = RÍGIDO, SEVERO

3. Sério e grave.

4. Que exige muito esforço (ex.: trabalho austero). = ÁRDUO, DURO, PENOSO

5. Ríspido (ex.: voz austera).

6. Sombrio, escuro.