sábado, 20 de agosto de 2005

E se...

E se... Pacheco Pereira, depois de comprar o jornal e se dirigir para o metro londrino, for "confundido" com um terrorista, preso por um polícia, não oferecer resistência, e levar com sete balas nos cornos, a Eunice Goes, correspondente do Expresso, teria razão para escrever o que escreveu, e que tanto irritou JPP?
É óbvio que a polícia quis mostrar serviço. E mostrou, mas errou. E o brasileiro que foi abatido a tiro, a sangue-frio, serviu para acalmar os ânimos. Agora já poucos reclamam justiça. E, afinal de contas, a vida do brasileirito pouco valia.
E se... fosse JPP o abatido, Eunice Goes era uma heroica defensora da liberdade.
Continua a haver falta de bom senso neste meu pobre país.

sexta-feira, 19 de agosto de 2005

Portugal a ferro e fogo

E de repente passou uma semana! Inteirinha!
Portugal continua a ferro e fogo, em brasa, e não falo só de incêndios, falo dos tão badalados e pouco utilizados "Planos Municipais de Emergência". Municipais e Distritais.
Que coisa tão Divina que nem se pode utilizar quando é preciso!
Finalmente, depois de 25 mil hectares de mata ardida, depois de Portugal ter ficado mais pobre, as "autoridades competentes" decidiram activar o Plano Distrital de Emergência. Para quê, se já estava tudo queimado?
Cá para mim, o tal PME deve ser muito caro, e não valia apena o prejuizo, ou então, é tão ineficaz que nem valia a pena perder tempo a activa-lo.
Enfim, no meu país os interesses económicos mandam mais que o bom senso, se é que ainda há "autoridades competentes" que o tenham.
O 7º RELATÓRIO QUINZENAL PROVISÓRIO - 17 AGOSTO 2005, da Direcção- Geral dos Recursos Florestais, dá vontade de rir, informação útil dá pouca. Será também falta de bom senso?
José Gomes Ferreira, Sub-director de Informação da SIC Online tem razão quando escreve que "o país está a arder porque alguém quer que ele arda. Ou melhor, porque muita gente quer que ele arda" num artigo intitulado "A indústria dos incêndios".
E ninguém faz nada!
E assim vai Portugal, um jardim ( quase queimado)à beira-mar plantado

Rititi

rititi

Porra! De férias? Talvez seja boa ideia.
Vai e volta, de permeio goza bem o tempo de ócio que tens disponível.

PS (não socialista):
Que raio terá o Francisco a ver com a Rititi?

sexta-feira, 12 de agosto de 2005

Portugal versus Brasil

José Magalhães, Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, num artigo publicado num suplemento do JN, dedicado às novas tecnologias, mostra-se preocupado com a situação no Brasil, no que diz respeito ao acesso às novas tecnologias. E chega a comparar a actual situação brasileira com o que se passou em Portugal, com o gigante das telecomunicações português a ditar as leis. Pois bem, agora que o Dr. José Magalhães é membro do governo, que tal se fizesse "uma forcinha" para alterar o actual estado das coisas? É que, por causa de não sei lá o quê, eu que ouço o mar sem sair de casa, no concelho da Póvoa de Varzim, ainda estou privado do acesso à banda larga. Gostava que o Sr. Secretário de Estado se preocupasse mais com o Portugal.
Avisar os brasileiros não vai adiantar nada, se quem tem poder de decisão não quiser inverter a actual situação, repondo a normalidade, e obrigando a PT, como prestadora de serviço público, a cobrir a totalidade do país com infra-estruturas capazes de assegurar o acesso à banda larga (e a tudo o que ela implica) a todos os portugueses.

quarta-feira, 10 de agosto de 2005

Mudar de camisola

A lêr no Jornal do Fundão, um editorial de Fernando Paulouro Neves.

O fim do mundo

A profecia que fala do fim do mundo começa a fazer sentido. Nunca acreditei que "Deus" fosse capaz de por fim à sua criação, e agora começo a perceber que tinha razão. As condições que levaram ao aparecimento de vida na Terra começam a escassear, e a pouco e pouco, começamos a desaparecer. É o fim do mundo, mas não é "Deus" o culpado, é o homem!
Já começa a ser consensual a tese, segundo a qual, o clima está a mudar, e com a mudança, as condições de vida na terra também mudam. Os que se conseguirem adaptar à nova situação atmosférica sobreviverão, os outros perecerão. E assim vamos deixar de existir.
Não deixa de ser medonho um homem vivo falar do fim da vida, mas é o que vai acontecer, não tarda nada. A cada ano que passa, a qualidade de vida no planeta degrada-se consideravelmente, e eu assisto, impotente, ao descalabro ecológico, para onde a ganância de uns "energúmenos capitalistas" vai arrastar a vida na Terra. E isto não é uma profecia, é mesmo a realidade.
Resta-me esperar, e morrer descansado, mas com uma revolta tremenda na alma.

domingo, 7 de agosto de 2005

Poemas sem nome 5

Olhei as minhas mãos,
Estavam calejadas e sujas!
Sujas de terra...

(Que quimérico desalento
É procurar casa Poesia-tubérculo
Enterrada à espera de Primavera
Que não vem
Porque, no céu,
Só há nuvens de terra
Que não se sabem chover...).


Armando Vicente

sexta-feira, 5 de agosto de 2005

SFF

Micro-causas:
Pode o governo SFF colocar em linha os estudos sobre o aeroporto da Ota para que na sociedade portuguesa se valorize mais a "busca de soluções" em detrimento da "especulação"?


Aqui há gato! Ao fim de tantos anos e euros gastos ainda não concluíram nada?
Por mim, que venha o aeroporto, mas depois de as necessidades básicas dos portugueses estarem satisfeitas.

Ota e TGV: sim, mas...

Eu concordo com esses megalómanos projectos, só não entendo uma coisa: para que servem?
Aliás, nem o seu custo eu conheço. Será que alguém conhece?
Portugal precisa de se modernizar, deve fazer todos os esforços para se poder equiparar aos demais parceiros da União, e a criação de infra-estruturas que nos ajudem a não nos afastar mais da média europeia, devem ser apoiadas. Que bom ter-mos um comboio de alta velocidade... e um aeroporto moderno, fora de Lisboa, sem atrapalhar o crescimento da cidade. Eu aprovo a ideia!
Mas, convém não esquecer que, vivendo eu a poucos quilómetros da cidade da Póvoa de Varzim, ainda não sei o que é a tão badalada Banda Larga. E Portugal ainda tem carências mais prementes, como por exemplo, meios próprios para o combate aos incêndios, legislação que permita o racionamento de água em épocas de seca, impedir que pontes caiam por falta de manutenção, vedar as falésias, em risco de derrocada, junto da costa, para evitar que morra mais gente, etc. etc. etc.
Por isso, Ota e TGV sim, mas depois de coisas mais importantes para Portugal e para os portugueses.

A FAP e os incêndios

Há dias foi notícia o facto de um helicóptero espanhol ter sido interceptado por dois caças da FAP. O “intruso” invadiu o espaço aéreo português, ao que parece, sem autorização prévia de quem de direito. Funcionou bem o nosso sistema de vigilância. Ainda bem que assim foi, apesar de o “intruso” ter sido “contratado” para ajudar no combate aos incêndios em Portugal.
O Presidente da Câmara de Pombal, disse aos microfones da RTP que, munícipes seus tinham visto “aviões” particulares a lançarem algo para o solo, e que logo após, deflagraram vários focos de incêndio. Aqui o nosso sistema de vigilância falhou. Porque terá sido?
O ministro António Costa divulgou o número de meios que estão em acção no combate às chamas: Podia ter revelado dez vezes mais. O que se constata é que mesmo assim são insuficientes. Espero para ver se essa insuficiência vai ter repercussões na sua carreira.

Pobre país o meu

A derrocada de uma falésia em Peniche matou um casal de espanhóis. O Presidente da Câmara local, com a maior naturalidade, deu notícia de mais dois acidentes mortais, ocorridos anteriormente. Por acaso o sr. Presidente da Câmara de Peniche sabe que o é? Olhe que a responsabilidade é sua. Se a área estivesse vedada e vigiada, ninguém teria morrido, tanto mais que é do conhecimento público, tal como afirmou o autarca, que as terras naquele local são instáveis. Que pobre é o meu país.

Ausência do Primeiro-ministro











(foto: DN Online)



O país arde! Portugal, como já vem sendo habitual nos meses de Verão, é pasto de chamas. Cenas dramáticas são reportadas nos noticiários das rádios e televisões. Até nos blogues se pode ler relatos do drama das pessoas afectadas. É o país que somos!
Pacheco Pereira reclama, no seu blogue, o fim das férias do senhor Primeiro-ministro. Para quê? Será que alguém deu pela sua falta? Eu nem sabia que "ele" estava de férias.

terça-feira, 2 de agosto de 2005

Poemas sem nome 4

Portugal,
Rocha dura, bruta!
Labuta
De homens crestados
Pelo sol. Carreiros
De cabras; picos altaneiros,
Trigo ao Sul, centeio...

Portugal,
Broa granítica, manjar
Eterno de gigante...

Armando Vicente

Grande Sócrates!

De repente, parece que tudo corre bem neste país! Agora só se fala em Soares e Cavaco. Até parece novidade eles terem vontade em se cadidatarem a Belém.
Sócrates pode não governar bem Portugal, mas que é um "expert" em desviar as atenções dos portugueses, disso não tenho dúvidas. Grande Sócrates!

Duelo de... são sempre os mesmos?

E pronto, Mário Soares apenas foi a Belám para ouvir Jorge Sampaio, segundo o próprio afirmou. E Cavaco Silva? Também foi só ouvir o Presidente?
Pois é, um deles vai ser o futuro presidente, e estas audiências, com o actual caseiro do Palácio de Belém, devem ter servido para os candidatos conhecerem de perto as finanças da Presidência da República, para depois não culparem o seu antecessor, como todos os primeiros ministros de Portugal tem feito nos últimos tempos. Terá sido isso?

Sinais exteriores de pobreza

O Benfica é como a maioria dos portugueses, teima em viver acima das suas possibilidades.
Vender activos para pagar dívidas é uma boa gestão, melhor seria não ter contraído as dívidas, ou será que ainda são as dívidas de Vale e Azevedo?

Benfica à venda?

Depois das hipotecas de alguns jogadores, agora é a vez do "nome" do estádio ser vendido. Ainda resta alguma coisa a este Benfica?
Parece que o "acidente" ao elegerem Vale e Azevedo não foi mero acidente, deve ter sido escolhido o melhor entre os melhores, pelo menos é o que eu faço na minha associação. E agora? porque escolheram este?
Mesmo assim acredito que os homens passam e o clube fica! Pode é ficar mais pobre, mas ficará com certeza.