quinta-feira, 28 de março de 2013

PEC IV não, isso faremos nós

Não sei, e penso que a maioria dos portugueses também não o saberá, se José Sócrates foi verdadeiro em tudo o que afirmou, ontem, na RTP. O Jornal de Negócios teve dúvidas e fez as contas (parece que falou mais verdade que mentira).
Também não sei se as medidas que preconizava, para minimizar os efeitos da crise, seriam eficazes. Mas sabemos todos que as que este governo já aplicou, sendo mais dolorosas para o povo, os resultados parecem desastrosos.
Uma coisa parece clara: o PSD, que tanto culpa a "herança de Sócrates" pelos males que nos afectam, concordou com todos os PEC's, até que o quarto, por ser tão parecido com o que Passos Coelho queria fazer, foi o motivo para a sua reprovação.
O certo é que estamos pior agora que antes. A tal ponto que até já sentimos saudades dos tempos em que Sócrates era primeiro-ministro, e ainda tínhamos uns trocos para a cerveja aos fins de semana.
Seguro não deve ter gostado de ouvir Sócrates dizer o que já devia ter sido dito. E por ele. Se, com isso, o PSD conseguir mais um fôlego, é mau, mas se, entretanto, dentro do PS surgir alguém capaz de fazer oposição ao governo, o povo agradece.

terça-feira, 26 de março de 2013

Das duas, uma

Ou o governo quer mesmo ir embora, e por isso faz todas as asneiras que temos visto, ou está a fazer de nós parvos.
"Jorge Silva Carvalho, o ex-espião acusado de corrupção e acesso indevido, foi finalmente colocado na Presidência do Conselho de Ministros, como prevê a lei para todos os antigos elementos dos serviços secreto".
Aparentemente a lei dá cobertura para isso, mas...
"O ex-espião, que saiu dos serviços por vontade própria para integrar a Ongoing, foi acusado pelo Ministério Público de "corrupção e acesso indevido", cuja fase de instrução vai começar no dia 3 de Abril. O caso dizia respeito à passagem de informação entre os serviços secretos e uma empresa privada".
Se, mesmo assim, a lei permitir tal coisa, então a lei está errada.
(lido aqui) 


A inveja é a arma dos incompetentes, disse ele

Wolfgang Schauble


Porque é que, quando algum ministro europeu diz uma asneira, aparece logo outro a "subir a parada"?
Depois do holandês, vem agora este alemão:
"Sempre foi assim. É como numa turma, quando temos os melhores resultados, os que têm um pouco mais de dificuldades são um pouco invejosos".

segunda-feira, 25 de março de 2013

E eles insistem

Jeroen Dijsselbloem
















Agora foi a vez do presidente do eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que é o ministro Gaspar da Holanda, dizer e desdizer, para nos fazer pensar que eles não sabem o que fazem. Mas sabem muito bem o que fazem. E fazem-no propositadamente.
Eles querem destruir-nos. Querem acabar com a nossa pouca dignidade.

Acordo "não enterra excessivamente os contribuintes cipriotas"

A frase em título foi proferida hoje, por Christine Lagarde, segundo a versão online do Diário Económico.
Segundo ela, "o acordo alcançado para o Chipre fornece um "plano completo e credível" e "não enterra excessivamente os contribuintes cipriotas".
Mas enterra?

domingo, 24 de março de 2013

Passos ou Seguro, tanto faz

A custo, pressionado pela opinião pública e pela iniciativa do PCP no parlamento, o Partido Socialista lá anunciou uma moção de censura ao governo. Sabe-se agora que será apresentada esta semana, pelo que será votada só depois da Páscoa.
Entretanto, e para acalmar os "mercados", Seguro teve a gentileza de escrever uma carta à "troika", dando garantias de que o PS "honraria" os compromissos assumidos pelo governo português. Ou seja: sosseguem, que, caso o parlamento seja dissolvido, o presidente convoque eleições e o PS as vença, nada mudará. Que é como quem diz: ajudem-me a ser primeiro-ministro sem precisar dos partidos à minha esquerda, que tudo ficará de acordo com a vossa conveniência.
Nada a que já não estejamos habituados.

sexta-feira, 22 de março de 2013

Mais vale tarde do que nunca

A porta por onde entrou uma das últimas vezes.

 Assim o esperamos



quinta-feira, 21 de março de 2013

Pelo sim, pelo não...















O PS anunciou o seu voto contra a interpelação ao governo, feita pelo PCP onde se propõe a demissão do Governo e a convocação de eleições antecipadas. Jorge Lacão ainda interrogou a reformada que exerce o cargo de presidente do parlamento, sobre se uma maioria simples aprovaria a interpelação, já que se trata de uma resolução que implicaria o reconhecimento da falta de legitimidade do governo, por parte dos deputados. A presidente confirmou que a maioria simples aprovará a proposta.
O PS vota contra. Não vá o diabo tecê-las.

Sócrates, o comentador


















A notícia é avançada pelo DN.
"A emissão do comentário ainda não tem dia escolhido, mas acontecerá logo a seguir ao noticiário das 20.00".
Estou ansioso por saber o que vai comentar. Irá falar da crise?

Os rostos da crise

Jeroen Dijsselbloem, presidente do Eurogrupo.

















Dijsselbloem e Lagarde

Durão Barroso, presidente da UE



Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal

José Sócrates, ex primeiro-ministro de Portugal

 


António José Seguro, "líder da oposição"



Mão-de-obra barata?

Vi hoje, na RTP, uma reportagem sobre a pujança das nossas exportações.
Na reportagem, os empresários lamentaram os custos de produção. Queixaram-se do alto preço da energia.
Não se queixaram do custo da mão-de-obra.
Onde tem vivido Belmiro Azevedo?

terça-feira, 19 de março de 2013

O gesto é tudo






Ministro das finanças cipriota, demitiu-se...

O ministro das Finanças do Chipre acaba de apresentar a sua demissão, mas o presidente do país, não lha dá.


Ele quer ir-se embora!
Cá não é assim.

Rescisão de contracto

Exmo. Sr. Belmiro Azevedo
Em virtude do baixo salário da minha esposa e da minha condição de desempregado de longa duração (logo sem subsídio de desemprego), e para evitar incumprimento da minha parte, rescindo o contracto que ambos assinamos. Assim sendo, o serviço kanguru, requisitado há mais de dez anos, deixará de ser um encargo para a minha esposa. Aproveito para o informar que também o telemóvel com cartão pré-pago (optimus) deixará de ser recarregado.
Sem outro assunto, cordialmente me despeço.

PS: se o informarem da presença de um homem, na casa dos cinquenta, mal vestido, junto da entrada de uma das suas lojas a pedir esmola, pense que posso ser eu.

Dá-lhe, Belmiro!

Até que enfim!
Finalmente começam a assumir:
“Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão-de-obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém”.
Quem fala assim...
O senhor engenheiro tem razão. Eu compreendo-o. Se ele tem que pagar a mão-de-obra que o torna rico, se a pagar mais barata, tanto melhor. Entendo-o. Já não entendo que os que apenas tem a força do trabalho para venderem, o aceitem. Que Belmiro Azevedo queira pagar pouco, é normal. Cabe aos que vendem a sua força de trabalho, dizerem quanto querem receber em troca.
 E, como se não bastasse:
“A economia só pode pagar salários que tenham uma certa ligação com a produtividade”.
Aí eu pergunto: a questão da produtividade não é da exclusiva responsabilidade dos gestores?
"...sem mão-de-obra barata não há emprego".
 Alguém que explique a esse senhor que, ordenados como os que se ganham em Portugal são mão-de-obra barata. E digam-lhe que há um  milhão de pessoas sem emprego.
Ele não saberá que muitas famílias ganham num mês, menos do que ele gasta num dia?

O alvo de Gaspar

Quando, em 1976, me quiseram obrigar a "defender a minha Pátria e estar sempre pronto a lutar pela sua liberdade e independência, mesmo com o sacrifício da própria vida", o que conseguiram foi, apenas, acirrar a minha "ira" contra o sistema, a tal ponto de, numa prova de tiro, no alvo que me fora destinado, não haver nenhuma perfuração de bala, enquanto o alvo do vizinho do lado, tinha o dobro das marcas de projéctil.
Na óptica de quem me avaliou, eu falhei totalmente os tiros. Na minha óptica acertei em cheio. Os meus superiores queriam que eu acertasse no alvo que me foi destinado, eu, deliberadamente, acertei no alvo do camarada do lado.
Victor Gaspar, dependendo do ponto de vista, tem acertado em cheio. É extremamente injusto acusa-lo de ter falhado em toda a linha. Nada do que tem sido feito é incompetência. Incompetência é achar que ele falhou.

Freitas e o dilema de Passos

"O Governo está perante um dilema, ou muda de política ou o país muda de Governo".
Quem afirmou tais sábias palavras, foi Freitas do Amaral, citando Alberto João Jardim.
Parece-me que a maioria dos portugueses concordam com isso, mas o que o país precisa de saber, é que política alternativa preconiza Freitas do Amaral.
De facto, estou-me borrifando para quem desempenha o cargo de primeiro-ministro. As políticas a aplicar é que me preocupam. E, no actual quadro de política europeia, não se vislumbra nada de melhor que o que já cá temos. No entanto, pior não pode haver.
Por isso, que seja o país a mudar de governo.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Valeu a pena?

- O país foi forçado a pedir ajuda internacional, certo?
- Sim, certo. Foi o Sócrates quem o fez.
- Portugal estava em dificuldades. Devia muito dinheiro ao estrangeiro, verdade?
- Sim, é verdade.
- A Troika veio e já cá anda há uns meses, não é?
- É sim. Mas não estou a entender onde queres chegar. Podes explicar-te?
- Ando com uma dúvida: lembras-te de a UE "aconselhar" o governo a não deixar cair a banca nacional?
- Sim. Por isso o défice disparou nessa altura.
- Pois, essa é a minha dúvida. Nós devíamos muito dinheiro. Para que o nosso sistema financeiro não colapsasse, fomos pedir mais dinheiro e injectamos nos bancos para evitar a falência. Não foi?
- Foi. É que se os bancos falissem, a nossa economia sofreria com isso. Mas... qual é a tua dúvida?
- A minha dúvida é se valeu a pena.

Eles não desistem

Agora é o Chipre.
Continuam a fazer experiências.
Afinal, para que raio fazem de nós cobaias?