segunda-feira, 8 de abril de 2013

"Just say NO"
























 O Prémio Nobel da economia, Paul Krugman, aconselha os portugueses a dizer “não”, a mais austeridade, e esse homem deve saber um bocadinho de economia.
Eu nada sei. Mas sei que, se tomar medicamentos em doses excessivas, o efeito pode ser o contrário do pretendido; posso morrer.
Sempre pensei que, quando se falava em austeridade, isso queria dizer "sermos mais rigorosos nas nossas despesas", só gastar o necessário, nada de excessos. Como tal, nunca me preocupei com isso. Se é preciso austeridade, força, venha ela, que a mim não me afecta. Sempre vivi com o que tenho e nunca com o que penso vir a ter. Mas para Passos Coelho não é isso. Para ele, austeridade é cortar no essencial. E o essencial é a saúde e a educação, essencialmente.
Eu acho que sim, que se deve cortar na saúde. Sim, há, com certeza, gastos excessivos na saúde. Por exemplo, não pagar trabalho suplementar a médicos que exercem a profissão no seu horário de trabalho. Ou não permitir que se façam, nos hospitais públicos, actos médicos privados, a custo zero.
Quando tive um acidente de viação, no hospital onde fui assistido, foi-me feito um exame radiológico, na hora, no hospital público. Mais tarde, para verificar se a fractura óssea estava "sarada", fui mandado a um gabinete de radiologia particular. Resta dizer que o radiologista que executou a "chapa", era o mesmo que trabalhava no referido hospital.
Ainda hoje, Camilo Lourenço, já mais famoso que Relvas, disse que é necessário cortar na despesa. E, como a maior despesa do Estado é com salários, baixem-se os salários, ou despeçam-se as pessoas.
E o resto Camilo? Fica como está? Quanto ganhas, quando vais dar palpites desses para a RTP? Se tivesses um salário igual ao da maioria dos portugueses, e sem "luvas", de certo não falavas da mesma maneira. E, já agora, sr. Camilo: alguma vez disse alguma coisinha, contra as privatizações, sabendo melhor que eu, que com a "venda" de empresas do Estado, a receita iria fatalmente reduzir?


austeridade
(latim austeritas, -atis)

s. f.
Qualidade ou característica do que é austero. = RIGOR, SEVERIDADE

austero
(latim austerus, -a, -um)

adj.

1. Que é muito rigoroso nos seus princípios.

2. Que demonstra pouca ou nenhuma flexibilidade. = RÍGIDO, SEVERO

3. Sério e grave.

4. Que exige muito esforço (ex.: trabalho austero). = ÁRDUO, DURO, PENOSO

5. Ríspido (ex.: voz austera).

6. Sombrio, escuro.

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