sexta-feira, 13 de maio de 2005

A utopia da vida

Uma sociedade justa e livre, em que todos se relacionem harmonicamente, em que o respeito pela vontade e pelo querer do próximo, em que todos tenham tudo o que precisam para viver, é praticamente impossível de se construir. O ser humano para a sua sobrevivência, na sua génese, é muito diversificado, existindo por isso inúmeras personalidades e diferentes tipos de pessoas, o que torna a nossa vida, apesar de sermos animais sociais, numa luta constante pela sobrevivência. É natural a luta pela sobrevivência. Acontece isso em todas as espécies animais, e é essa constante guerra que faz com que as espécies se preservem e evoluam. Mas há uma coisa que só acontece entre ao humanos, que é lutarem entre entre si para sobreviverem, e isto não é para acasalar, mas sim para ser possuidor do maior número de coisas possível. Passa-se isso na actualidade, em que uns são obrigados a trabalharem a troco de um pouquinho do que produzem, enquanto outros, os que se apoderaram dos meios de produção, gozam a vida regalados, esbanjando as sobras, que para muitos humanos seria muito mais do que o que ganham a produzir a riqueza de outros. Mas é assim. Bom seria se todos tivessem igualdade de oportunidades, e ninguém tivesse motivo para se queixar das amarguras da vida, porque a vida devia ser um prazer e não um tormento. Desejar isso é utópico. Ou talvez não.
Tentam convencer-me que sim. Tentam, mas não conseguem. Na vida só há utopias se nós não acreditarmos que tudo é possível, mas se quem trabalha e produz riqueza tomar consciência de que sem o seu trabalho não há quem enriqueça não trabalhando, aí sim, aí não há utopias na vida.

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