terça-feira, 21 de junho de 2005

O que merecemos

Sempre que algum grupo sócio-profissional decide fazer greve, toda a comunicação social se apressa em noticiar o sucesso ou insucesso da acção, em divulgar os incómodos causados aos inocentes. Mas pouco se divulga o objectivo da greve. No caso dos professores, sei que a greve coincidiu com os exames, que prejudicou alguns alunos, mas não sei porque fazem greve. Porque não concordam com os exames? Será?
Eu defendo o direito à greve, mas por vezes fico baralhado: ainda há pouco tempo votamos neste governo, porque raio já o molestamos?
Um dia entrei numa farmácia e pedi uma embalagem de pomada para os sapatos. O espanto foi geral. Foi-me dito pelo farmacêutico que só tinham pomada para os pés, pomada para os sapatos devia procurá-la numa sapataria, ou numa drogaria, ou em lojas da especialidade. E eu lá fui procurar a dita pomada noutro sítio, é que nas farmácias só se vende medicamentos e afins. O mesmo se passa com os empregados por conta de outrem: não adianta fazer greve. Numa sociedade como aquela em que vivemos, o que devemos fazer é pensar bem antes de votarmos, depois… é só esperar pelo resultado da nossa escolha. Cada um tem o que merece.

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