sexta-feira, 24 de junho de 2005

Adeus sra. ministra

A cada dia que passa, apesar de me sentir a envelhecer, alegro-me com a ideia de que falta menos um dia para o fim deste governo. Porém, apesar disso, por vezes dou comigo a pensar se o próximo vai ser melhor que este. Desde o 25 de Abril que o PS sucede ao PSD e vice-versa, sem que isso resolvesse os nossos problemas mais prementes e, mesmo assim, continuamos a dar-lhes mais uma hipótese de mostrar o que valem. E o que é que eles valem? Pouco! Pouco ou nada mesmo. E o mal é que eles sabem isso e, para nos distraírem, de vez em quando, um ministro sai para dar lugar a outro igual, só mudando a sua figura.
Dentro de pouco tempo, estou convicto, vai ser substituída a ministra da educação. Não por incompetência – por isso talvez nunca fosse ministra - mas por livre vontade. As suas recentes declarações, a propósito da decisão diversa entre tribunais, não são mais do que o abrir da porta de saída. Declarações daquelas não se fazem por acaso.
E agora venha o governo dizer que a greve dos professores foi um fracasso. Provavelmente os professores esperavam mais da greve, mas o governo, mesmo sem o reconhecer explicitamente, sabe que a greve teve os seus efeitos. E a prova-lo está a decisão de dar feriado aos alunos, obrigando os professores a assistirem aos exames. Adeus sr.ª ministra.

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