terça-feira, 19 de março de 2013

O alvo de Gaspar

Quando, em 1976, me quiseram obrigar a "defender a minha Pátria e estar sempre pronto a lutar pela sua liberdade e independência, mesmo com o sacrifício da própria vida", o que conseguiram foi, apenas, acirrar a minha "ira" contra o sistema, a tal ponto de, numa prova de tiro, no alvo que me fora destinado, não haver nenhuma perfuração de bala, enquanto o alvo do vizinho do lado, tinha o dobro das marcas de projéctil.
Na óptica de quem me avaliou, eu falhei totalmente os tiros. Na minha óptica acertei em cheio. Os meus superiores queriam que eu acertasse no alvo que me foi destinado, eu, deliberadamente, acertei no alvo do camarada do lado.
Victor Gaspar, dependendo do ponto de vista, tem acertado em cheio. É extremamente injusto acusa-lo de ter falhado em toda a linha. Nada do que tem sido feito é incompetência. Incompetência é achar que ele falhou.

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