terça-feira, 19 de março de 2013

Dá-lhe, Belmiro!

Até que enfim!
Finalmente começam a assumir:
“Diz-se que não se devem ter economias baseadas em mão-de-obra barata. Não sei por que não. Porque se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém”.
Quem fala assim...
O senhor engenheiro tem razão. Eu compreendo-o. Se ele tem que pagar a mão-de-obra que o torna rico, se a pagar mais barata, tanto melhor. Entendo-o. Já não entendo que os que apenas tem a força do trabalho para venderem, o aceitem. Que Belmiro Azevedo queira pagar pouco, é normal. Cabe aos que vendem a sua força de trabalho, dizerem quanto querem receber em troca.
 E, como se não bastasse:
“A economia só pode pagar salários que tenham uma certa ligação com a produtividade”.
Aí eu pergunto: a questão da produtividade não é da exclusiva responsabilidade dos gestores?
"...sem mão-de-obra barata não há emprego".
 Alguém que explique a esse senhor que, ordenados como os que se ganham em Portugal são mão-de-obra barata. E digam-lhe que há um  milhão de pessoas sem emprego.
Ele não saberá que muitas famílias ganham num mês, menos do que ele gasta num dia?

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