quarta-feira, 8 de fevereiro de 2006

As caricaturas de Maomé e os seus objectivos

A “crise” gerada pela publicação das caricaturas de Maomé deve ter objectivos que ainda não li, ou ouvi descodificados. Mas deve ter fortes motivos. Senão para quê a sua publicação? E não foi para gerar a discussão (absurda) em torno da liberdade de expressão.
Em Portugal ninguém, ou quase ninguém, é a favor da restrição da liberdade de imprensa. Eu também sou defensor desse direito inalienável. No entanto sou contra a publicação das caricaturas que conotam Maomé com o terrorismo.
Em Portugal, não há muitos anos, uma caricatura do Papa, com um preservativo no nariz, foi motivo de uma grande movimentação (e contestação), com muitos dos nossos políticos a manifestarem o seu desacordo, relativamente à sua publicação. Nesse momento eu defendi o caricaturista. Só que há uma grande diferença entre essa caricatura e a que agora levantou toda esta celeuma: é que o Papa era, efectivamente, contra o uso do preservativo, e o Maomé não era a favor do terrorismo. Ou seja, o que aqui está errado, é a conotação abusiva e estúpida do sujeito com o objectivo.
Mas, de facto, deve haver outra explicação para a decisão de fazer publicar as malfadadas caricaturas nesta altura. Deve, deve! Só não sei qual é. Mas gostava de saber.

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