sexta-feira, 19 de abril de 2013

Cavaco e a justiça social

"...não há democracia política sem justiça social".
O autor desta afirmação é, pasme-se, Aníbal Cavaco Silva, Presidente da República de Portugal. E afirmou isso hoje. No Peru.
Como era bom que o Presidente afirmasse isso cá, em Portugal.

Excel errado

Caro Pedro
Tinha decidido que não mais te falaria, mas a minha sogra, a octogenária que não sabe ler nem escrever, insistiu tanto que eu cedi. Ela quer que eu te pergunte uma coisa, sobre uma notícia que ela ouviu, um dia desses.
A pergunta dela é se tu tens andado a sacrificar o povo do teu país, com base numa folha de excel errada? Não terás tu capacidade para dispensares estudos feitos por terceiros sobre a economia do nosso país?
Ela quer saber se tu és incompetente e fazes mal aos pobres, por ignorância, ou sabes muito bem o que estás a fazer e és tão mau, quanto aquele que nos "livrou da guerra, mas não da fome", com quem tu, segundo ela, tens algumas semelhanças físicas.
Eu já lhe disse que tu és mau. Fazes de propósito. Mas ela apenas te acha incompetente. Que dizes?
Toma cuidado. Ela nunca andou na escola, mas sabe que, se o povo não tem dinheiro, logo não o gasta, e não o gastando, tu não cobras impostos, entendes? E há mais como ela.
Ela também não gostou de te ouvir a tentar seduzir o PS para as medidas que aí vem. Ela acha que tu estás de partida, e por isso, deves assumir que mentiste aos portugueses, fazer as malas e desapareceres para sempre. É que até ela sabe que já estamos pior que estávamos antes de tu chegares, e que quando a "troika" se for embora, a nossa economia ficará sem conseguir gerar riqueza para pagar os juros, muito menos para pagar a dívida que tu, estupidamente, rejeitas renegociar.
Sabes Pedro, o que Portugal precisa, é de construir comboios, como a Sorefame construía, de fazer barcos, como se faziam na Lisnave e na Setenave, e de produzir alimentos, entre outras coisas.
Ou achas que vamos gerar riqueza a prestar serviços, como defendeu o agora Presidente da República? Vês no que deu isso? Até eu, que prestava serviços, estou a viver às custas da minha esposa. Já ninguém tem capacidade para requisitar os serviços que eu, ingenuamente, acreditei ser uma boa opção de vida.
Pedro, vai embora. Vai enquanto o povo anda calmo. Vai, antes que seja tarde demais. Foge, por ti, e por todos nós.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Seguro faz declaração às cinco da tarde!


Vê lá o que vais dizer, Tozé.

Risos no funeral

As imagens do funeral de Margaret Thatcher, mostram os "convidados" muito sorridentes.
Bem sei que nós somos diferentes dos ingleses (ou eles é que são diferentes de nós), mas daí até se rirem num funeral...
É estranho haver convidados num funeral. Ou se comparece para prestar homenagem, ou não se vai. Mas como a falecida gerou mais ódios que paixões, pelo sim pelo não...
Será que riem de felicidade?

Passos inseguro

A troika mandou. Passos Coelho, como bom moço de recados, obedeceu e convidou Seguro para um encontro. Estão agora reunidos. Dá a impressão que começa a sentir medo de falar a verdade aos portugueses e, por aconselhamento de quem nos rouba, decidiu implicar o PS.
Enquanto isso, eu aguardo a chegada da Primavera.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Se é para acontecer, que seja já

Portugal não tem dinheiro. Não tem, mas tinha. E, se tinha mas já não tem, quem é que o tem agora? Onde é que ele está?
Pensava eu que a "ajuda externa", era para isso mesmo, para nos ajudar. E, por ajuda, eu entendia que nos emprestavam dinheiro, para relançarmos a nossa economia. Ou seja, recomeçávamos a produzir mais do que o necessário para a nossa sobrevivência e, com o excedente, pagaríamos o empréstimo. Isso era o que eu achava que ia acontecer.
Passaram-se dois anos, a "ajuda" chegou, e com ela o aumento brutal da nossa dívida, mas continuamos a não produzir o suficiente para nós. Assim sendo, quando a troika se for, ficaremos piores. Pois a economia está pior e a dívida será maior. E não a pagaremos nunca.
Resultado: seremos expulsos da zona euro. E sê-lo-emos. Mas antes, ainda nos vão fazer sofrer mais. Somos cobaias. Estão a testar até onde aguentamos.
Então, se vai acontecer, que seja já. E expulsem-nos da UE também. Quem sabe se não reconstruiremos a nossa economia e ainda viremos a ser felizes? Ou não temos esse direito?

Porque digo NÃO ao acordo?



















Se algum dia for obrigado a escrever mal, como o acordo com os brasileiros prevê, aviso, desde já, que moverei uma acção judicial contra o Estado português. Exigirei ser recompensado, pelas vezes que a palmatória me caiu nas mãos, quando na primária, escrevia baptismo sem o p.
Se mais nenhuma outra razão houvesse, esta bastaria.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

O penico de Seguro

Há dias que acordo com uma aparente vontade de fazer sexo, porém, é pura "ilusão".
Com a bexiga cheia, a falsa erecção, não passa disso mesmo. É falsa. E a verdade é que, quando esvaziamos o líquido acumulado durante a noite, aquilo que nos fez feliz por breves momentos, murcha.
Depois do que tem, ultimamente, andado a dizer António José Seguro, esperávamos ver o tom másculo na comunicação de hoje, mas não. O líder do PS mijou cedo demais.

Seguro, 18h30

















Ele vai falar às 6 e meia. Esperemos que diga alguma coisa.

O que ele diz!

"Eduardo Catroga, antigo ministro das Finanças, entrevistado esta tarde pela TSF, defendeu que a "troika" devia obrigar o PS a entrar nas negociações com os credores e com o Governo."
Ouvir aqui

"Just say NO"
























 O Prémio Nobel da economia, Paul Krugman, aconselha os portugueses a dizer “não”, a mais austeridade, e esse homem deve saber um bocadinho de economia.
Eu nada sei. Mas sei que, se tomar medicamentos em doses excessivas, o efeito pode ser o contrário do pretendido; posso morrer.
Sempre pensei que, quando se falava em austeridade, isso queria dizer "sermos mais rigorosos nas nossas despesas", só gastar o necessário, nada de excessos. Como tal, nunca me preocupei com isso. Se é preciso austeridade, força, venha ela, que a mim não me afecta. Sempre vivi com o que tenho e nunca com o que penso vir a ter. Mas para Passos Coelho não é isso. Para ele, austeridade é cortar no essencial. E o essencial é a saúde e a educação, essencialmente.
Eu acho que sim, que se deve cortar na saúde. Sim, há, com certeza, gastos excessivos na saúde. Por exemplo, não pagar trabalho suplementar a médicos que exercem a profissão no seu horário de trabalho. Ou não permitir que se façam, nos hospitais públicos, actos médicos privados, a custo zero.
Quando tive um acidente de viação, no hospital onde fui assistido, foi-me feito um exame radiológico, na hora, no hospital público. Mais tarde, para verificar se a fractura óssea estava "sarada", fui mandado a um gabinete de radiologia particular. Resta dizer que o radiologista que executou a "chapa", era o mesmo que trabalhava no referido hospital.
Ainda hoje, Camilo Lourenço, já mais famoso que Relvas, disse que é necessário cortar na despesa. E, como a maior despesa do Estado é com salários, baixem-se os salários, ou despeçam-se as pessoas.
E o resto Camilo? Fica como está? Quanto ganhas, quando vais dar palpites desses para a RTP? Se tivesses um salário igual ao da maioria dos portugueses, e sem "luvas", de certo não falavas da mesma maneira. E, já agora, sr. Camilo: alguma vez disse alguma coisinha, contra as privatizações, sabendo melhor que eu, que com a "venda" de empresas do Estado, a receita iria fatalmente reduzir?


austeridade
(latim austeritas, -atis)

s. f.
Qualidade ou característica do que é austero. = RIGOR, SEVERIDADE

austero
(latim austerus, -a, -um)

adj.

1. Que é muito rigoroso nos seus princípios.

2. Que demonstra pouca ou nenhuma flexibilidade. = RÍGIDO, SEVERO

3. Sério e grave.

4. Que exige muito esforço (ex.: trabalho austero). = ÁRDUO, DURO, PENOSO

5. Ríspido (ex.: voz austera).

6. Sombrio, escuro.

RIP Margaret Hilda Roberts

















Morreu Margaret Thatcher.
Se morreu, é porque estava viva. E na sua vida nada fez que me faça lamentar a sua morte. Apenas lamento a morte dela como a de qualquer ser humano.
Se não gosto de elogios fúnebres, por entender que se deve reconhecer os méritos enquanto a pessoa vive, também não vou dizer o que sinto por ela, agora que morreu. Mas as figuras que já vi elogiarem a sua vida, não deixam margem para dúvidas: a senhora não fez nada de bom para os que dependem do seu trabalho para sobreviverem.

Eu digo não

Quando, ao instalar "software" no meu computador, me perguntam o idioma em que quero ler as normas contratuais, já sei que vou escolher uma língua inexistente. Escolho, obviamente português, mas leio sempre em "brasilês". Conformo-me com as normas, e raramente tenho a opção de escolher o idioma em que o programa vai operar. Ao menos nisso, as empresas distribuidoras são sensatas: prefiro o inglês ao português mal escrito. Mal ou mau escrito?
Não sou conservador, mas há limites para tudo. Este Acordo Ortográfico não serve para normatizar a língua portuguesa, escrita ou falada. Para além de apenas Portugal "ceder" às exigências do Brasil. Se Registo e REGISTRO se mantêm, se o Irão no "Brasiu" continua a ser IRÃ, se em Portugal continuamos a não ter "USINAS", por que raio temos que deixar cair as "consoante mudas", sendo que essas consoantes "mudam" mesmo o sentido das palavras? Mas não é só nas consoantes mudas que existe o meu desacordo.
Um menino, do quarto ano, descreveu numa "composição", a alegria que sentiu, quando o pai regressou, depois de uma tentativa falhada de trabalhar noutro (ou em outro?) país.
"... Quando me virei para o este, vi, ao longe uma nuvem de poeira. Era o táxi que transportava o meu pai, de regresso a casa."
-Este este, de que falas na tua composição, é o ponto cardeal? - Perguntou o professor.
-Não, este este de que falo é o rio que passa por trás da nossa casa e desagua no ave.
























Quem publicou isto, foi Marcos Bagno, no facebook.

Quem é Marcos Bagno?
Marcos Bagno
É professor do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução da Universidade de Brasília, doutor em filologia e língua portuguesa pela Universidade de São Paulo, tradutor, escritor com diversos prêmios e mais de 30 títulos publicados,[1] entre literatura e obras técnico-didáticas.
Atua mais especificamente na área de sociolinguística e literatura infanto-juvenil, bem como questões pedagógicas sobre o ensino de português no Brasil.

Eles ganham "prêmios" e são torcedores de "times" de futebol. Nós não.

E agora, Pedro?

Ó Pedro, ontem ficastes mal no retrato. Então atiras-te assim ao TC? A minha sogra, a octogenária que não sabe ler, até me perguntou quem foi que fez aquele orçamento que o Tribunal acha inconstitucional. Ela Falou num rei que matava os mensageiros, quando a mensagem que lhe traziam não era do seu agrado. Ela acha que tu és igual. "Então ele faz um orçamento que é contra a lei? Esperava o quê?".
Vamos lá, Pedro, coragem. Assume que era mesmo isso que querias, para castigar esses malandros portugueses, que não param de reivindicar o direito a viver dignamente.
Sabes Pedro, enquanto tu te atiravas violentamente contra pessoas dignas, a minha esposa estava numa clínica particular, porque o hospital recusou fazer o tratamento necessário e o centro de saúde estava encerrado. Ela pagou o que já devia estar pago pelos descontos que faz, mensalmente, para a Segurança Social. E sabes que a clínica tem uma parceria com o Estado? Estranho, não é? E, por falar nisso, é verdade que "o serviço da dívida" custa tanto como o nosso SNS?
Olha Pedro, há outra forma de saíres do buraco em que te metestes: aumenta as receitas, em vez de reduzir despesas. Em vez de privatizares, ou seja venderes, o que resta do que ainda dá lucro ao país, nacionaliza o que é mais rentável. Imagina que os lucros da Galp, da PT, e da EDP voltavam a entrar nos cofres do Estado? Não ficávamos bem? Até sobrava dinheiro para emprestarmos, a juro decente, aos outros países. Ah, mas é preciso colocar nessas empresas, administradores que não sejam contra as nacionalizações, para não acontecer o que já aconteceu quando todas davam prejuízo e, mal foram privatizadas, com os mesmos gestores, começaram logo a gerar "dividendos".
Bem sei que vais dizer que isso é impossível. A UE não permite, etc, etc. Também sei que não tens vocação para essa solução. Eu sei isso. Mas, por acaso tu sabes que eu, e a maioria dos portugueses, já não tem mais por onde apertar?
A minha sogra acha que só podes ir buscar dinheiro onde o houver. Ela tem razão. Pedro, faz alguma coisa menos má para o nós. Nós merecemos. Somos o melhor povo do mundo. Não achas?

sábado, 6 de abril de 2013

Adeus, Pedro

Caro Pedro,
Sinto-me triste. Triste por hoje e, sobretudo, por amanhã.
A profissão que exerci, desde quando tu aparecias na minha televisão, na qualidade de presidente da jota do teu partido, deixou de ser rentável. As pessoas, que tu devias ter o dever de proteger, já não tem dinheiro para as necessidades do dia-a-dia, muito menos para fazer festas e requisitar os meus serviços.
Deixei de poder cumprir os meus deveres para com a Segurança Social. Já não ganhava o bastante para contribuir com a minha parte, enquanto cidadão activo, para poder usufruir na velhice, de algum conforto.
Como trabalhador independente, quando encerrei a minha actividade como "empresário em nome individual" (nome pomposo para um trabalhador independente), não tive direito a qualquer subsídio de desemprego. Fiquei dependente do salário (pouco mais do que mínimo) da minha esposa.
Com muito sacrifício consegui que a minha filha mais velha obtivesse uma licenciatura. Ela frequentou o ensino superior durante cinco anos. Hoje é professora do primeiro ciclo. Desempregada. Desempregada, mas com uma licenciatura e preparação para exercer a profissão com que ela sempre sonhou. A mais nova, actualmente no segundo ano do ensino superior, já fala em aprender alemão. Talvez venha a ser mais uma portuguesa em quem o Estado investe na sua formação, que depois vai "sustentar" o sistema de segurança social de outro país.
Sabes Pedro, às vezes, quando te vejo na televisão que me querias tirar, sinto pena de ti. Por vezes penso que tu estás a fazer o teu melhor, para me proporcionares as condições de vida a que me sinto no direito de exigir de ti, mas a minha sogra, octogenária, que só entrou numa escola primária para exercer o seu direito de voto, diz-me para não ter pena de ti, porque tu também não tens pena de mim. Nem dela.
Sabes, ela não acredita que tu sejas incompetente para o cargo que exerces. Ela sabe que tu estás a fazer exactamente aquilo que deve ser feito, para tornares Portugal num país miserável, apenas competitivo com a economia chinesa. Ou marroquina. Sabes, ela pensa isso porque, se vós destruístes tudo o que criava riqueza (ela fala muitas vezes na indústria têxtil do Vale do Ave, nas industrias que faziam os nosso comboios, os nossos barcos, nos barcos que pescavam o peixe que comemos, e podia falar em muitas mais coisas), agora só nos resta viver como ela viveu nos tempos de Salazar.
Ela sabe que ninguém consegue sobreviver, gastando mais do que ganha. Também diz que se tu quisesses, podias ao menos tentar aumentar o PIB, em vez de insistires na estúpida ideia de reduzir despesas, sendo que para ti, despesas significam ordenados e pensões. Quando tu confundes aumento das receitas com aumento de impostos, eu acho que é estupidez tua, mas ela acha que é a tua convicção. Ela está convencida que tu és má pessoa.
Pedro, aguardo com ansiedade o resultado do conselho de ministros extraordinário que acabou de terminar. Espero que vás embora. É que eu ando triste. Muito triste. Sobretudo porque tenho a terrível sensação que já é tarde.
Um abraço e adeus, Pedro.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Passos sem ministro da propaganda

Relvas foi-se. Passos, depois de ter aceitado a demissão, reúne-se com Cavaco Silva. Ainda não foi anunciado um substituto. Espera-se a decisão do Tribunal Constitucional. Palpita-me que amanhã vão surgir mais novidades

Relvas a bater punho na despedida

Ao ouvir Miguel Relvas, no seu discurso de despedida, a puxar pelos galões, fazendo o balanço da sua actividade, e lembrando que foram dois anos no governo, mais três dentro do PSD a lutar por um cargo relevante, não me restam dúvidas: ele vai pedir equivalência e a devolução, não da licenciatura, mas do doutoramento.
Força Relvas, bate punho!

Substituto de Relvas



















Eu sugiro Mário Crespo

Os motivos da demissão de Relvas

Parece que o outro Miguel foi o causador. Relvas não terá gostado de ouvir o rapaz simples dizer que até a vender pipocas se arranja dinheiro para pagar a propina da universidade. Até porque não foi por falta de dinheiro que Relvas não frequentou a universidade.
Pronto, agora teremos outro Miguel a "bater punho".

Relvas demitiu-se!












Esperemos que seja o primeiro de todos, e que não tenha sido tarde demais.

Fraca "anesa" a que nos proporciona este governo

“Hoje uma mulher que pretenda ser mãe, mais do que a disponibilidade financeira, reclama por disponibilidade para uma maior dedicação. Se tempo tivesse para os acompanhar teria mais filhos”, disse Pedro Mota Soares, numa audição da Comissão de Segurança Social e Trabalho.
Sr. ministro, olhe que não deve ser por isso que os casais tem menos filhos. Eu vou tentar ajuda-lo a entender o fenómeno da baixa natalidade em Portugal.
Na casa onde nasci, durante vários anos, um casal de andorinhas usou o mesmo ninho para se reproduzir. Anos há em que as aves que me ensinaram ser "pecado matar, pois são aves do Senhor", criam duas vezes. O meu espanto levou-me a perguntar aos adultos porque não se reproduziam sempre duas vezes. Resposta: "quando a anesa é boa, até os animais aproveitam".
É isso sr. ministro. Não é por falta de tempo que nos reproduzimos pouco, é porque a "anesa" é fraca. Crie-nos condições económicas favoráveis e verá o resultado.

Socialistas indignados com declarações de Luís Amado

"Ana Paula Vitorino e Sérgio Sousa Pinto não gostaram de ouvir Luís Amado ontem na TSF. O antigo ministro dos Negócios Estrangeiros condenou a moção de censura apresentada pelo PS".
Não percebo. Todo o PSD condenou a moção de censura. Porque é que só se referem a Luís Amado?

quarta-feira, 3 de abril de 2013

O governo e a moção de censura

Uma das razões, invocadas pela maioria que suporta o governo, para recusar a moção de censura, apresentada pelo PS, é a de que, caso a moção fosse aprovada, o governo cairia e seriam marcadas novas eleições. Ora, como dentro de pouco tempo, Portugal vai ter que "negociar" os pagamentos da dívida, não seria bom para as negociações, Portugal apresentar-se com um governo de gestão. À primeira vista até parece correcto, mas...
Por acaso o PSD não colocou o país a negociar a intervenção externa, da qual somos víctimas no momento, por um governo na mesma situação?

Primeiro tiro no próprio pé

Curiosamente, dei comigo a concordar com o "maçon" que lidera a bancada do PSD: o país não merece este Partido Socialista.
Como esperado, Seguro não tem capacidade argumentativa, capaz de convencer os portugueses.

Rapaz simples, de Braga

A primeira vez que ouvi aquele moço, que se acha simples, senti vergonha. Afinal, só está sem emprego quem não quer esforçar-se um bocadinho. É tão fácil arranjar um emprego,
Portugal, país pequeno e pobre. País de preguiçosos.
Ó Miguel, porque não tens um bocadinho de vergonha nessa cara?

Feelings

Ver na mesma conferência de imprensa, Paula Teixeira da Cruz, o ministro da saúde e o director da PJ, cheirou-me a esturro.

PS pôe-se a jeito

Hoje é o dia em que, na Assembleia da República, se discutirá a moção de censura ao governo. Não, não terá qualquer efeito imediato. A maioria PSD/CDS suportará mais uma vez Coelho/Gaspar/Relva & companhia. Não fará cair, mas pode abalar.
Mas, neste momento, uma outra coisa me preocupa; será esta semana, provavelmente, que ficaremos a conhecer a decisão do TC sobre algumas medidas do OE para este ano. Se, como já foi referido na imprensa, Passos Coelho se demitir, caso a decisão dos juízes do TC não lhe for favorável, não será esta moção de censura, apresentada nesta altura, mais "um tiro no pé" do PS?
Às vezes penso que este Partido Socialista põe-se mesmo a jeito.

terça-feira, 2 de abril de 2013

O princípio do fim

Se meia Europa se escandalizou com as palavras do ministro alemão, esperemos para ver o que aí vem.
Não há muito tempo, a outra meia Europa, a que agora não se pode admirar, falava que a Alemanha, ou melhor, "os contribuintes alemães", andavam a sustentar os nossos desvarios. E, o pior de tudo, muitos portugueses acreditam. Ouço-os a lamentarem isso mesmo, nos cafés ou  nas barbearias. Curiosamente, nenhum deles acha que viveu acima das suas possibilidades. São sempre os outros. Mas...
Quando, aos treze anos, ingressei no "mercado de trabalho", havia na empresa, um local, coberto com chapa de zinco, onde, por entre umas barras de ferro, se "enfiava" a roda dianteira da bicicleta, por forma a, num pequeno espaço, se poder abrigar o maior número de velocípedes. Era esse o parque de estacionamento reservado aos trabalhadores. Eles não nos perdoam a ousadia de, agora, nos deslocarmos, para o local de trabalho numa viatura automóvel. Mesmo que seja de fabrico alemão.
Acaso alguém lembra ao ministro Wolfgang Schauble, que os baixos salários que auferimos, contribuem para sustentar o nível de vida dos alemães? Ou ele já sabe disso? Estará já a fomentar o sentimento anti-alemão?
Calma senhor Schauble. Vá com calma e cale-se, porque o sentimento anti-alemão já começa a despertar em muitos de nós.