quarta-feira, 21 de dezembro de 2005

Finalmente acabaram

Era manhã, bem cedinho. A iluminação pública ainda ardia, ofuscando os enfeites de natal, dificultando a minha tarefa de testar a luz matinal na velhinha D70.
Dentro do velho R19, ouvi no rádio a queixa de Manuel Alegre. Não percebi puto. Não era para ser percebido.
Afinal, na noite anterior, tinha havido um “debate” na televisão, e depois, esqueceram-se do poeta para o debate da nação. Porra! Isso não se faz.
Os portugueses, pelo menos alguns deles, vão escolher em consciência mais um homem que vai gozar o resto da sua vida em condições razoáveis, se compararmos com os mais ricos do mundo.
Acabaram os pseudo-debates na televisão. Não mais irá ser mostrado aos simplórios portugueses, um monólogo entre dois amigos. E pelo visto ontem, ambos quiseram os louros do que não fizeram. Um porque foi primeiro-ministro no tempo das vacas-magras, e o outro porque não quiz fazer.
Afinal qual é o papel do presidente da republica? Ou será que eles ontem ainda não sabiam que não vão voltar a governar o país?
Finalmente acabaram... ufa!
Vamos a ver se eu volto ao normal, é que já me apercebi que ando transtornado. Porque será?